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Escleroterapia líquida

Atualizado: 5 de nov. de 2019



Escleroterapia líquida: a famosa aplicação dos vasinhos

Existem hoje dois possíveis tratamento para telangiectasias (os vasinhos): escleroterapia líquida e laser transdérmico. Nesse tópico falaremos sobre escleroterapia líquida.



Escleroterapia líquida é tudo igual?

Não. Existem várias substâncias usadas para a escleroterapia e as mais usadas no Brasil são ethamolin, polidocanol e glicose hipertônica, diferindo entre si em potência de esclerose, contra-indicações e efeitos colaterais.

A indicação de cada uma delas é individualizada, também levando em consideração a experiência do angiologista.


Quem pode fazer escleroterapia?

Esse é o método indicado para quem deseja tratar as telangiectasias ou vasinhos, seja isolado ou associado ao tratamento cirúrgico de varizes.



Quem não pode fazer?

Contra-indicações absolutas:

  • pessoas com imobilidade prolongada

  • portadores de trombose venosa profunda aguda

  • presença de infecção local ou sepse


Contra-indicações relativas:

  • grávidas

  • portadores de tromboflebite

  • portadores de doença cardiovascular descompensada

  • portadores de insuficiência arterial periférica grave

  • portadores de reação alérgica ao esclerosante

  • portadores de comunicação interatrial

  • portadores de asma grave

  • lactantes

  • pacientes com edema não compensado

  • Predisposição alta à trombose


Fazer escleroterapia dói?

A escleroterapia pode provocar dor ou desconforto quando a agulha é inserida na veia ou mesmo sensação de queimação no local depois, quando o líquido é inserido. No entanto, esta dor costuma ser suportável ou pode ser atenuada com o uso de uma pomada anestésica na pele ou ar gelado, por exemplo.



Quantas sessões são necessárias?

O número de sessões de escleroterapia varia bastante de acordo com cada caso e é maior dependendo da quantidade e tipo de telangiectasias.



Quais cuidados devo tomar no dia da escleroterapia?
  • Evitar atividades físicas pesadas no dia do procedimento

  • Não usar cremes no dia do procedimento

  • Não tomar sol antes do procedimento e por aproximadamente 2 a 3 semanas após

  • Evitar atividades físicas pesadas

  • Usar a terapia compressiva prescrita no tempo recomendado (ataduras ou meias elásticas)

  • Evitar viagens prolongadas na primeira semana do procedimento


Quais são os possíveis efeitos colaterais?
  • Hiperpigmentação inflamatória (1-10%)

  • Matting (1-10%)

  • Urticária local (<0,01%)

  • Necrose cutânea (<0,01%)

  • Microtrombos (<0,01%)

  • Flebite (<0,01%)

  • Trombose venosa profunda (<0,01%)

  • Escotomas cintilantes (<0,01%)

  • Reações alérgicas (<0,01%)


Os vasinhos podem voltar?

Por terem causa genética, os vasinhos não têm cura definitiva e o tratamento disponível não impede que outros surjam com o tempo. No entanto, algumas medidas após o procedimento podem evitar ou retardar a evolução da doença (veja o artigo aqui)


O ideal é que, aos primeiros sinais de seu aparecimento, se procure um angiologista para o tratamento precoce, o que evita a piora e a necessidade de tratamentos mais complexos e demorados.



 

Autoria: Dra Karolina Frauzino

Título de Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular



Bibliografia:

  • Indian J Dermatol Venereol Leprol. Standard guidelines for care: sclerotherapy in dermatology. 2011 Mar-Apr;77(2):222-31. doi: 10.4103/0378-6323.77478

  • Phlebology. European guidelines for sclerotherapy in chronic venous disorders 2014 Jul;29(6):338-54. doi: 10.1177/0268355513483280. Epub 2013 May 3


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