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Trombose do viajante

Atualizado: 1 de set. de 2019




Trombose após viagens prolongadas eventualmente são notícia por sua ocorrência em pessoas de grande poder midiático.






O que pode causar?

Os estados de repouso prolongado, como experimentados em uma viagem, internações prolongadas, repousos pós-cirúrgicos, são refletidos na circulação venosa como uma diminuição do afluxo de sangue de volta ao coração.


Isso porque um dos fatores de grande importância para a circulação de retorno é a contração dos músculos da panturrilha, que funcionam como um "segundo coração" por provocarem a ejeção do sangue durante cada contração.


Como resultado da lentificação da circulação de retorno temos o inchaço das pernas, mais comumente, e a formação de coágulos, que caracterizam a trombose venosa, cujo risco depende da combinação com outros fatores.



Qual é o grupo de risco?
  • Idade superior a 40 anos

  • Sobrepeso

  • Usuários de anticoncepcional

  • Fumantes

  • Gestantes

  • Parturientes até 6 semanas após o parto

  • Portadores de trombofilias

  • Portadores de varizes

  • Pessoas com história pessoal de trombose

  • Portadores de Câncer


O que fazer para evitar?

São várias as medidas para evitar a trombose venosa durante viagens prolongadas. Para isso é recomendável uma consulta com um angiologista que avaliará o risco individualizado de trombose e tomará as medidas adequadas.


Segue uma lista de medidas gerais que todos devem tomar durante viagens prolongadas:

  • Não usar roupas e calçados apertados

  • Não colocar bagagens embaixo das poltronas (restringe o movimento das pernas)

  • Não ficar imóvel na poltrona.

  • Mudar de posição com freqüência (facilita a circulação do sangue)

  • Evitar cruzar as pernas (dificulta a circulação do sangue)

  • Beber líquidos, como água e sucos (evita a desidratação)

  • Evitar o uso de soníferos

  • Evitar o uso de bebidas alcoólicas (podem causar sonolência e desidratação)

  • Usar um apoio para os pés, para facilitar os exercícios

  • Fazer exercícios com as pernas (movimentos de extensão, rotação e flexão dos pés)

  • Andar, sempre que isto for possível e seguro


Além dessas medidas gerais, o angiologista poderá prescrever meias elásticas, flebotônicos e anticoagulantes a depender do caso.


Meia elástica: age otimizando a contração da dos músculos da panturrilha e portanto estimulando a circulação de retorno, são usadas entre baixa compressão e média compressão

Flebotônicos: agem aumentando a tonicidade venosa, estimulando a circulação linfática e a circulação de retorno

Anticoagulantes: agem inibindo diretamente a coagulação e, em consequentemente, a formação de trombose. Como são medicações com potencial risco de sangramento, entre outros efeitos colaterais, são prescritas pelo angiologista em casos selecionados de comprovado alto risco de trombose






Autoria: Dra Karolina Frauzino

Título de Especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular


Fonte: http://www.cives.ufrj.br


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